quinta-feira, 21 de julho de 2011

Adubo

Com mais tempo se percebe;
Paciência e conformismo
Pouco rimam.
Restam alusões,
Finas camadas de pé no chão,
Sobriedade na madrugada.

Com tempo se entende vazios espaços.
Fertilizam-se vontades.
Desfecho,
Perda inútil em meio à espontaneidade.
Luz que se apaga
Só.

domingo, 3 de julho de 2011

Ex-ótico.


Solto em berço infértil,
Âmago,
Morto em beleza viril,
Dissílabo.
Cortado em paradeiros,
Sorte.
Contado em versos de Oxum,
Hóstia, tio.
Planejado em ímpeto sono,
Entoado.
Alegria alegórica.
Alógico.

Sonhos rememoram seios
Antigos seios,
De beleza,
De ontem e amanhã.
Pois tempestades e vendavais
Desastram
E abrupto,
E pressinto, solido em vão.
Rende-me em trancedentais legiões de energia.
Nem bonito,
Exótico.



Barato

Indubitavelmente singelo
Coerentemente elaborado
Em versos de cafundó
Dos Escariotes todos da existência humana.
Medido por arcos da velha, do jogo de roda,
Da capoeira antiga.
Dos pulos de angolanas galinhas.

A fome que sinto não cabe
Em mim, de modos.
De que valem versos nobres,
Sem aflição?
Move mundo num xaxado infinito,
Cada passo, um reflexo.

Pago o preço da arte barata.
Caro.