quarta-feira, 21 de julho de 2010

Prova


Todas as coisas que compõem minha casa
trazem a mim um nexo, um sexo, um feelin',
Um louco trajeto de passado-presente-futuro.
E há pouco percebo
Uma lacuna.

Parece que pulei a alternativa,
Não sei,
Faltei essa aula, fui cantar.
E agora, frente à avaliação, um sem rumo infindo
Um zunido,
'Perdeu Playboy'
Um anti-tesão.

Os vultos e sulcos de um particípio passado
Que só existe na memória
De quem lembra,
E minha memória é um fiasco...

E a lacuna parece aumentar em proporções...

E o tempo pode acabar enquanto o suor frio desce...

Sinto essa falta todos os dias
Como uma ferida que jamais cicatriza,
Um fim que nunca finda...

Proponho um trato;
Você preenche minha lacuna
E eu dou minha vida pra te fazer feliz...



sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ré-feição


Deitado em noite fúscia
Numa dessas muitas noites frias.

Corpo nu, um suor leve

De dois sonambulos corpos entrelaçados.
Paira sob a cabeça
Uma filosofia de araque:


O amor só serve

Se servido em dois pratos

Aquecido

3 vezes ao dia

E um à noite

Até que o fim finde

E findando feliz filme.


-Pensando bem, amor, não me importo de me dividir com você...

Saudoso distante


De novo distante...
Novamente sonoro
O sombrio significado
Sincronizado
Da palavra distância...
Longificando os prazeres da palavra bem estar,
Estabilizando o estável medo.
Medonho medo...

Medo da sede, medo da fome,
Medo do inferno, do escuro,
Do sono, da falta de sono,
Dos sonhos,
Da senha do código; o amor.
A 'coisa'
Que chega e fosca fica,
Torta se estreita,
Prende-se num laço
E se entrega de presente.

Um medo, um modo, um meio
Que seja um meio de transporte.
Que atropele a distância,
Mate a sede
E surpreenda-se a um novo ponto de partida.

Partida agora já distante.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Amor descalço


E todas as coisas são assim,
Agrupamento de ideias sem sentido algum.
Frases reformuladas sem destinatário,
Alvos sem flechas a ser alcançado,
Kilometros e metros
Pra quem já cansado treme os lábios secos,
Secos no passado
E nos olhos o medo de um amor descalço,
Unidade invalida,
Descongelado, o coração dispara ao inverno amargo.

Manifesto-me contrário
Esperando um novo dia
Em que todos os sorrisos me aproximem do voltar
Cedo ou tarde passe o tempo dos minutos do relógio
Na memória essa história,
Mil mensagens no meu celular.

Dançar até cair, cair até sonhar
Sonhar até chover, chover até secar
Calçar, vestir, usar, cansar, jogar no lixo...
Foto fotoshopar
Matar o tempo à pá
Pedaço por pedaço, enfim desmoronar
Imagem no espelho desclassificando
Cartas e abraços tão guardados
Desejos por hora adiados
Enlouquecidos pensamentos
Dualidade é não ter hora pra acabar.....