quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Lágrimas de sangue


Um peso enorme,
um sei lá o que,
uma vontade de chorar dos olhos cansados de ver
um pressentimento.
Um amor tão grande morrendo assim,
será?

E um sonho de um presente distante esvaindo-se...
Um pesadelo
dizendo coisas que jamais foram ditas,
um mormaço
ameaçando chuva em meio ao calor
que eram só dois.
Será um? Será outro dois?
Lágrimas de sangue escorrem por dentro
entre músculos e órgãos
dos planos que viram cinzas
e o vento leva, sem pretensão alguma.

Uma cumplicidade fraterna, quase incestuosa
fazendo dessa vida um maço de cigarros
a cada prazer, fuma filtro e joga fora
e o que fica é interno
destruindo o que se construiu até então.

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