quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sobre faltar


Três e pouco, madugada
Vê-se insetos e seus zumbidos
Poucos livros, uma cama,

Um sonho, devaneio,

Uma loucura zonza e cansada,

Velozes vultos

De absoluta beleza

Me tomam o tempoem sons noturnos

De um dia que não amanheceu.


Um cômodo simples

Amontoando peças de roupa

Entre dicionários e bibelôs

Numa aquarela de cores fabulosa e sombria

Dos mundos de um móvel qualquer.


E as lágrimas

Dos olhos vermelhos de sono

Se embalam na saudade

De um calor distante...

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