As mãos entre as costas,
o arrepio às notas, o ar morno à torta
e à direita,
os mamilos entre os peitos,
os peitos entre os pelos,
os pelos entre as carnes
vivas e quentes,
bendita seja o ar que promete
umedece, cede e escurece.
Dedos longos, boca árdua,
beijo o beijo que me beija
e o que falta pro final
é desejo
de não parar, ou de parar
ou não, por tudo que se tem de sagrado,
de ficar alí afobado sentindo aquele cheiro
aquele gosto, aquele pacto
e o suor lambendo o corpo,
os olhos e o brilho
e todas as cores e o vermelho.
Sorriso evidencia a doação...
E que essa vida seja assim,
eterna enquanto viva
justa enquanto terna,
proibida enquanto úmida...
São os versos de minha eternosexualidade
que não me deixam mentir.
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